A agência internacional que comanda a
operação global do ISBN - International Standard Book Number Agency - anunciou alterações na numeração das obras no Brasil com a mudança da gestão da agência para a Câmara Brasileira do Livro (CBL). A principal novidade é que o
número 85 - elemento registrante que identifica o país -, utilizado no Brasil desde o início da adoção da numeração internacional padronizada, será substituído pelo número 65. Os novos dígitos passam a ser obrigatórios para todos os usuários e não somente por parte deles, como começou a acontecer em 2018.
“As mudanças na numeração não alteram em nada os ISBNs já emitidos pela agência anterior. Eles permanecem totalmente válidos”, explica a Diretora Executiva da Câmara Brasileira do Livro, Fernanda Gomes Garcia. Outra alteração importante é a dos elementos registrantes das pessoas jurídicas, popularmente conhecidos no Brasil como prefixos editoriais. “Ao solicitar seu primeiro ISBN junto à nova agência, todos os usuários terão um novo elemento registrante (prefixo) atribuído que identificará a editora ou selos editoriais em todas as suas novas solicitações de ISBN. Os usuários já cadastrados anteriormente na Fundação Biblioteca Nacional não terão custos para fazer o seu novo cadastro na plataforma”, detalha a executiva.
O novo sistema do ISBN já está aberto para o cadastramento de novos usuários. Eles devem inserir os dados de sua empresa e seus dados pessoais para criar um login e uma senha próprios para este ambiente, não podendo usar os da antiga agência.
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Como funciona o número do ISBN
O ISBN funciona como um RG para livros e demais publicações monográficas, como artigos e apostilas. Cada sequência é criada por meio de uma combinação de 13 dígitos que indicam o título, o autor, o país, a editora e a edição de uma obra. Os três primeiros dígitos, Código Gtin, são determinados pelo GS1, que gerencia dados de códigos de barra de produtos. No caso do livro, é usado o 978. Depois, entra o grupo registrante, que identifica o país, a região geográfica ou a área de idioma. No Brasil, passa a ser exclusivamente o 65. Então, há elemento registrante que diz respeito ao editor. O comprimento deste elemento varia de acordo com o número esperado de edições do editor e pode conter até 7 dígitos. Há ainda o número da publicação, que pode conter até 6 dígitos. Por último, o dígito de controle: garante que o ISBN seja único e exclusivo.